A história do vestido de noiva está ligada à própria origem do casamento, embora a mais importante peça do vestuário nupcial,como a entendemos hoje, branca, ornada com véu, buquê e grinalda, tenha concepção recente e evolutiva.
O conjunto desses elementos ornamentais e permanentemente flutuantes resgata preciosos detalhes oriundos de movimentos culturais, políticos, religiosos e sociais. Em sua manifestação restrita ao vestir, o traje agrega em si as transitoriedades das modas, dos tecidos, das volumetrias, dos elementos acessórios, da ornamentação pessoal e do gosto sempre fincado no tempo presente de certas sociedades e épocas. Muito embora esta roupa mantenha suas feições fiéis aos costumes e às tradições do passado. O conjunto dessa combinação mistura imagens que emolduram o clima que circunda a união de duas pessoas, ao mesmo tempo em que demonstra sua vocação simbólica ao sentimento Amor para as culturas ocidentais.
Agora, o vestido branco é revisitado, misturado em histórias, traços, gestos, intenções originais. A peça vira fantasia, atitude e ação, em perder o romance, a sensualidade, a nobreza
e a castidade... A veste recriada para 13 registros fotográficos revela noivas – todas possíveis – um tanto renascentistas, românticas, rococós, barrocas, clássicas, modernas, pós-elas, pré-todas.
Uma exposição costurando capítulos da moda, reconstruindo traços, reinventando modelagens e projetos assinados originalmente por respeitados profissionais do estilo e da beleza do Rio Grande do Sul. Coube ao fotógrafo Cézar Rosenthal fixar as imagens dessa viagem criativa, e ao editor e produtor de moda Jones Machado ousar inventividade em uma releitura original e desimpedida daquele que é um dos trajes mais desejados e sonhados por tantas mulheres: o vestido de noiva.